sábado, 22 de janeiro de 2022

AMANHÃ JÁ SERÁ OUTRO DIA

AMANHÃ JÁ SERÁ OUTRO DIA
Carlos Brickmann

Muita gente, especialmente do Governo, ficou feliz com a variedade nova do vírus da Covid: a Ômicron, que atinge muito mais gente, mas é menos letal que outras. Enfim, a imunidade de rebanho, que tanto seduz o rebanho.

Só que não é bem assim. A quantidade de novas infecções levou a Mesa da Câmara dos Deputados a adiar o trabalho presencial ao menos por 40 dias, até o Carnaval. Depois, depende. Dentro das quatro linhas do Executivo, o Ministério da Ciência e Tecnologia fechou na segunda-feira – o Astronauta, ministro da área, determinou a volta ao home office até que a situação mostre melhoras. A Defensoria Pública da União, citando a Organização Mundial da Saúde (sim, aquela que o Governo detesta), o aumento de casos de Covid com cepa Ômicron e tudo, com infecções e reinfecções, mais a influenza, decidiu manter seu pessoal trabalhando em casa até o fim deste mês, mas já se fala na possibilidade de prorrogar o prazo de afastamento.

Pelo jeito, o presidente Bolsonaro, ao repetir sem parar que “todo mundo vai pegar Covid”, acertou pelo menos próximo do alvo. Só errou num ponto: acreditar que, com muita gente atingida por um vírus menos letal, teria a tão desejada imunidade de rebanho, quando as epidemias não se expandem por falta de novas vítimas vulneráveis à infecção. E seu Governo, que já não é nenhuma Brastemp, vai fechando aos poucos os postos de trabalho, como prevenção contra a “gripezinha” da vez – agora duas, a Covid e a influenza.

Fonte: https://www.chumbogordo.com.br

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