domingo, 31 de dezembro de 2023

NÃO VEJO, NÃO FALO, NÃO OUÇO

Conhecida como a regra de ouro do Japão, a fábula dos três macacos sábios é um ícone da cultura oriental. 

Mizaru, Kikazaru e Iwazaru quer dizer, em japonês, Miru=olhar, kiku=ouvir, iu=falar e zaru=negar. 

Trata-se de um provérbio japonês advindo de uma lenda Tendai-budista, na qual, segundo o site Japão em Foco, os macacos são usados para representar o ciclo de vida do homem. 

O provérbio “não veja o mal, não ouça o mal, não fale o mal” é conhecido, conforme dito anteriormente, como a regra de ouro, onde se encontram outros ensinamentos que ajudam a promover a harmonia entre as pessoas e basicamente significa: “Não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem a você”.

Segundo a tradição budista, os gestos dos três macacos representam a divindade de seis braços Vajrakilaya, cujo principal ensinamento consiste justamente em não falar, ouvir e ver o mal, pois assim evitaremos qualquer mal.

Andando pelas ruas de Palermo, me deparei com uma vitrine onde estavam expostas camisetas várias, com frases, digamos, um tanto espirituosas.

Pois uma delas, certamente inspirada na fábula dos três macaquinhos sábios, fôra concebida por publicitários sicilianos que criaram uma estampa contendo uma mensagem subliminar: "Não falo, não ouço, não vejo: Fui à Sicília."

Mas, ao invés de macaquinhos a estampa apresenta três supostos sicilianos armados encenando os gestos característicos. Mas o adendo "fui à Sicília", embora o traço de humor, pode ser interpretado como sendo uma advertência. 

Prefiro pensar na primeira hipótese.

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