domingo, 9 de novembro de 2025
LÁ E CÁ
LUGARES
sábado, 8 de novembro de 2025
ROMANCE FORENSE
LUGARES
sexta-feira, 7 de novembro de 2025
LUGARES
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
AS PERNAS DA GALINHA
LUGARES
terça-feira, 4 de novembro de 2025
A FAVOR DO VENTO
Martha MedeirosSe ninguém se posicionasse contra a violência, contra a corrupção e contra outras tantas indignidades, viver seria ainda mais difícil do que normalmente é. Ser combativo é uma atitude necessária e exige bravura, coragem, empenho, espírito de luta. Meus aplausos e respeito a quem tem disposição para o enfrentamento.
Eu deixei de ter faz tempo. Lutei pelo o que eu queria lutar quando era garota e o saldo foi bom, mas parei de dar murro em ponta de faca e troquei de estratégia. Hoje, em vez de me posicionar contra isso e aquilo, em vez de ataques virulentos e muitas vezes quixotescos, prefiro viver de acordo com o que acredito que é o certo. Funciona também, e desgasta menos.
Na esfera privada, não tento mais fazer ninguém mudar de ideia. Desisti de trazer para perto quem prefere ficar afastado. Não crio ilusão de que o que já se provou ineficaz um dia funcionará por obra do Espírito Santo. Não me fixo mais nos defeitos dos outros.
Não perco a cabeça quando ouço asneiras (antes tinha vontade de sacudir a pessoa pelos ombros, fazendo seus cabelos voarem para frente e para trás como se fosse um boneco de pano).
Há muito que não espero que os outros ajam conforme eu gostaria. Não aguardo favores, elogios ou adesões. Não fico em estado de alerta para flagrar quando pisam na bola comigo – percebo quando pisam, mas procuro não estressar com isso. Nem sempre consigo ser tão magnânima, mas tento. E, por fim, perdoo. Não por ter parentesco em primeiro grau com Nossa Senhora, mas porque dá menos trabalho.
Lei do menor esforço, sim. Mas com resultados práticos muito favoráveis.
Agora escolho os caminhos menos tortuosos e as parcerias mais afetivas, sinceras e engraçadas. Se me fizer rir, está valendo. Digo não com a mesma facilidade com que digo sim: passei a ser 100% honesta em relação aos meus desejos, deixei de ser condescendente com o que não me satisfaz. Só tolero dificuldades que gerem algo positivo mais à frente. Cumpro tudo aquilo que eu exigiria dos outros se ainda tivesse disposição para fazer exigências. Agora só exijo de mim, e ainda assim, pouco.
A minha porção rigorosa e mesquinha existe, mas tenho educação suficiente para não exibi-la por aí. A minha parte canalha restrinjo aos meus pensamentos secretos. Sou do contra só quando contra mim. A briga é interna e não muito violenta: não me aplico golpes baixos. Meus demônios são inimigos adestrados.
No mais, sigo a favor do vento. Falo com clareza, faço escolhas condizentes com quem sou e facilito o que posso. Talvez, para alguns, uma vida sem tormentas diárias produza um vazio impossível de suportar. Cada um, cada qual. Eu joguei a toalha: o que não suporto mais nessa vida é peso.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2025
EM BUSCA DE ARCAS DO TESOURO PERDIDAS
A grande música é grande música em qualquer época, e a melhor é aquela que fica para sempre
No domingo (31/8), a respeito de uma lista que me pediram das 20 maiores canções brasileiras, escrevi que a grandeza de uma música popular não se faz de hit parades. É obra de gerações de compositores, letristas e intérpretes que, mesmo produzindo grande material, amam o que se fez antes deles. Foi assim no Brasil, durante boa parte do século 20, com músicos e cantores cujos discos alternavam as últimas novidades com os clássicos do passado, fixando o nosso sólido patrimônio musical.
Sólido? A partir de certo momento, talvez meados dos anos 1980, esse patrimônio foi abandonado, em troca de material feito para durar pouco mais que o tempo de rotação de um CD. E assim continua. Um dos motivos é que ninguém mais quer ser apenas intérprete. Todos se julgam autores —mesmo que seu trabalho "autoral" não se compare a tanta coisa já produzida e de uma riqueza que eles deveriam encarar como um desafio.
Por sorte há exceções e, não por acaso, vindas da música instrumental. O saxofonista Mauro Senise contribui há anos para a canonização de um cancioneiro nacional com seus álbuns dedicados a grandes nomes —songbooks de Chiquinha Gonzaga, Johnny Alf, Edu Lobo, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Dolores Duran, Sueli Costa, Tom e Vinicius e o recém-lançado "Lembrando Garoto", com o repertório do violonista Garoto (1915-55), pai espiritual da bossa nova.
E o pianista Antonio Adolfo, a quem devemos a façanha de, em 1977, ter quebrado a ditadura das multinacionais com seus discos independentes, não para de abrir arcas do tesouro perdidas. Depois de songbooks de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Tom Jobim, Carlos Lyra e Roberto Menescal, e discos temáticos sobre o choro, o baião e o samba-jazz, nos brinda agora com o álbum "Carnaval", de clássicos da folia com uma inflexão jazzística. Nunca se ouviu "As Pastorinhas", "Oba! (O Bafo da Onça)", "Agora É Cinza" e "A Lua É dos Namorados" como aqui.
Grande música é grande música em qualquer época. A melhor é para sempre.
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domingo, 2 de novembro de 2025
14 DE JUNHO
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sábado, 1 de novembro de 2025
ROMANCE FORENSE
LUGARES.
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
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quinta-feira, 30 de outubro de 2025
ESSES IDIOTAS DEVERIA LER NELSON RODRIGUES
LUGARES
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
AMOR INCONDICIONAL

terça-feira, 28 de outubro de 2025
DIFERENÇA ENTRE APOIAR E APROVAR NO CASAMENTO




