sexta-feira, 10 de julho de 2020

EDUCAÇÃO EMOCIONAL


EDUCAÇÃO EMOCIONAL

Sem educação emocional, não adianta saber resolver equações – Alerta um professor 

Os jovens com maior domínio de suas emoções têm melhor desempenho acadêmico, maior capacidade de cuidar de si e dos outros, predisposição para superar as adversidades e menor probabilidade de se engajar em comportamentos de risco.

De acordo com Rafael Guerrero, que é um dos poucos professores da Universidade Complutense de Madrid a ensinar seus alunos de Magistério, que serão futuros professores, as técnicas da educação emocional.

Ele o faz voluntariamente porque o programa acadêmico dos mestrados em Educação Infantil e Primária de Bolonha não inclui nenhum assunto com esse nome.

“Muitos dos problemas dos adultos se devem às dificuldades em regular as emoções e isso não é ensinado na escola”, explica Guerrero.

Trata-se de ensinar futuros professores a entender e regular suas próprias emoções para que possam direcionar crianças e adolescentes nessa mesma tarefa.

“Meus alunos me dizem que ninguém lhes ensinou como se regular emocionalmente e que desde jovens, quando tinham que enfrentar um problema, se trancavam em uma sala para chorar, essa era a maneira deles de se acalmar”, diz o professor.

Insegurança, baixa auto-estima e comportamentos compulsivos são algumas das conseqüências da falta de ferramentas para gerenciar emoções.

“Quando atingem a idade adulta, eles têm dificuldade em se adaptar ao ambiente, tanto ao trabalho quanto às relações pessoais. Temos que começar a treinar professores com a capacidade de treinar crianças no domínio de seus pensamentos “.

Sem educação emocional, não serve saber como resolver equações O cérebro precisa ficar animado para aprender.

Inteligência emocional é a capacidade de sentir, entender, controlar e modificar o humor de si mesmo e dos outros, de acordo com a definição daqueles que cunharam o termo no início dos anos 90, os psicólogos da Universidade de Yale Peter Salovey e John Mayer.

A inteligência emocional é traduzida em habilidades práticas, como a habilidade de saber o que acontece no corpo e o que sentimos, o controle emocional e o talento para nos motivar, assim como empatia e habilidades sociais.

“Quando pensamos no sistema educacional, acreditamos que o importante é a transmissão de conhecimento de professor para aluno, ao qual ele dedica 90% do tempo. O que há de errado com o equilíbrio emocional? Quem fala disso na escola? ”, Diz Rafael Bisquerra, diretor do Programa de Pós-Graduação em Educação Emocional da UB e pesquisador do GROP.

Os jovens com maior domínio de suas emoções apresentam melhor desempenho acadêmico, maior capacidade de cuidar de si e dos outros, predisposição para superar as adversidades e menor probabilidade de se engajar em comportamentos de risco – como o uso de drogas -, segundo a resultados de diversos estudos publicados pelo GROP.

“A educação emocional é uma inovação educacional que responde às necessidades que os assuntos acadêmicos comuns não cobrem.”

Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com

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