terça-feira, 3 de agosto de 2021

ROMANCE FORENSE

Charge de Gerson Kauer
A advogada que virou prostituta de luxo 

A história começa com a Dra. Lúcia formando-se (2005) em Ciências Jurídicas e Sociais, numa faculdade gaúcha. Aprovada no Exame de Ordem, com carteirinha da OAB na mão – ela se foi em 2007 do RS para o Brasil Central, a fim de advogar e ser professora, numa faculdade de Direito no Mato Grosso.

Ela não atuava em delação premiada e a crise bateu no escritório. Para completar, a faculdade também a demitiu. Com o dinheiro faltando, em 11 de abril deste ano ela se transformou em ´Simone´ – talvez para homenagear, com o nome, a escritora francesa Simone de Beauvoir.

´Simone´ era o jeito de, no anonimato, dividir intimidades e prazeres com clientes, até que o saite brasiliense Catraca Livre não poupou na manchete: “Professora de Direito virou prostituta de luxo”. E o jogo de lençóis então se abriu.

Seis meses depois, ela não faz mais segredo sobre a sua atividade principal em Brasília: “Aos 34 de idade, gosto muito de sexo e assim mercantilizei meu talento sexual e a minha libido, pensando no meu prazer e no meu sustento”.

Ela cobra R$ 600 por hora de atividade. “O valor é pouquíssimo perto do que a minha companhia vale” – assegura, no próprio saite pessoal, pedindo que ninguém barganhe preço. E, interrogativa, fecha questão: “Tu chegas a um açougue com vontade de assar uma picanha e dizes para o açougueiro te vender mais barato”?

Gaúchos, o pai e a mãe de Cláudia – matrimônio de 27 anos que terminou antes das inovações praticadas pela filha – sabem das mudanças dela.

Ele mantem discrição.

A genitora defende: “Sem dinheiro não se consegue muita coisa na sociedade de hoje. A minha filha optou por um caminho honesto, diante da dificuldade”.

A história tem também cores regionais gaúchas: é que na pequena Nonoai e na sempre ativa Passo Fundo só se fala nisso. Nas ´rádios-corredores´ das OABs do RS e de Brasília também.

Fonte: www.espacovital.com.br

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