quarta-feira, 17 de setembro de 2025

PARAQUEDISTAS

Tenho diversos amigos paraquedistas. A prática de esportes radicais anda muito próxima de acidentes. Como sou um pouco fatalista, saltar de paraquedas não faz parte dos meus planos, nem mesmo remotos. 

Nos meus tempos de menino, houve um evento que para a época era um grande acontecimento. Num determinado domingo de manhã, poderíamos visualizar um desses saltos. Efetivamente o salto ocorreu. 

Lembro que o pára-quedas era daquele modelo arredondado e branco, daqueles vistos nos filmes de guerra. O que nos frustrou foi a descida imprecisa. Ninguém viu onde o intrépido saltador foi parar.

Lembrei disso ao conversar há poucos dias com um amigo que é paraquedista e ele explicou a evolução dos equipamentos nessa área, justificando em parte as razões pelas quais naquela época não existiam os saltos de precisão. Este amigo quebrou o pé num pouso um tanto arriscado. Outro amigo morreu ao ser sugado de dentro do avião por falta de atenção ao preparar o equipamento. 

Um outro amigo, sujeito muito calmo por sinal, contou que certa feita, em plena queda, precisou soltar o pára-quedas, já que o mesmo não abriu totalmente. Em seguida, comandou a abertura do equipamento reserva, o qual se comportou devidamente. Até aí tudo bem. 

No entanto, o vento encarregou-se de aproximar os dois pára-quedas, a ponto de quase ficarem embaraçados, o que seria fatal. O meu amigo, com sua reconhecida calma, falou: 

- Sai daí. Tu quase me f* antes e não vai ser agora que tu vai me pegar... 

Voltando ao início, na conversa de poucos dias atrás, fiquei sabendo que não tardará o dia em que veremos paraquedistas sendo impulsionados para o ar, por conta de avanços tecnológicos sempre em evolução. Esperemos.

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