domingo, 3 de abril de 2022

AMAR OS FILHOS NÃO É ACEITAR TUDO

AMAR OS FILHOS NÃO É ACEITAR TUDO
Por Luiza Fletcher

Amar os filhos não é aceitar tudo. É também de dizer “não” ao que tem que ser recusado

Uma reflexão verdadeira sobre um dos pontos mais importantes na relação de pais e filhos. Confira!

O relacionamento familiar é um dos mais bonitos e edificadores, mas também complicados que temos de administrar.

Quando recebemos uma criança, somos inundados pelo amor desmedido e o desejo de proporcionar a elas tudo do bom e do melhor que pudermos, esforçando-nos para que elas tenham todas as chances e felicidade que não nos foi possível quando tínhamos a sua idade.

Idealizamos por muito tempo a sua chegada e queremos agir da melhor maneira para que os filhos cresçam saudáveis, bem encaminhados e carregando bom caráter. No entanto, algo de que nos vamos dando conta, conforme o tempo passa, é que o amor nem sempre é demonstrado por de sorrisos e permissões.

Amar os nossos filhos e zelar pelo seu futuro é também dar-lhes broncas, quando necessárias, colocá-los de castigo, ensiná-los a dar valor a tudo o que têm e até mesmo permitir que eles fiquem zangados e revoltados conosco por algum tempo.

Exercer o nosso papel de pais e criadores, em alguns momentos, também consiste na tão complicada missão de “dizer não” e de mostrar-lhes que nem sempre as coisas acontecerão como eles desejam.

Embora desejemos abrir todas as portas para os nossos filhos e lidar com os seus erros para que eles possam apenas desfrutar das boas coisas da vida, é parte de nossa responsabilidade corrigir e lhes apontar a direção certa a seguir.

A personalidade e o futuro de nossos filhos estão muito ligados ao nosso desempenho como pais e no quão dispostos estamos a assumir todas as partes dessa função para que eles tenham um bom futuro.

Em um vídeo publicado pela Cortez Editora, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella falou um pouco sobre esse tema ao introduzir um dos capítulos do seu livro “Educação e responsabilidade: nada de amor aceita tudo!”


Ele nos faz refletir se é normal os pais aceitarem qualquer atitude de seus filhos justificando seu amor por eles. Entre algumas preciosidades que podemos tirar de sua rápida mensagem é: amar os filhos é também aprender a dizer “não” ao que tem que ser recusado.

Na mensagem introdutória, que é certamente uma leitura muito importante para todos que têm filhos, Cortella também discorre que a pessoa que ama é aquela que recusa aquilo que faz mal. Por esse motivo, os pais não devem jamais carregar um padrão de pensamento assim: “é porque eu te amo, então tudo aceito”. Na realidade, eles devem se comportar de forma totalmente oposta, é justamente porque amam os filhos que não podem tolerar certos comportamentos, que se esforçam para que eles sejam pessoas de bons corações e que não desejam que percam sua essência ao tentar ser alguém que não são.

A tendência de dar aos filhos sempre aquilo que eles querem, não o que precisam, e aceitar tudo o que vem deles apenas os prejudica no futuro, porque o mundo não tem a mesma gentileza ao mostrar-lhes as verdades.

Amar e zelar pelos filhos não é agir por conveniência e sempre abaixar a cabeça aos seus desejos, é entender que, muitas vezes, ao impedi-lo de seguir determinado caminho, você está abrindo as portas para uma estrada muito melhor e mais frutífera para eles.

Esperamos que essa mensagem permaneça viva em sua mente e que você sempre se guie pela consciência e responsabilidade emocional na educação dos seus filhos, eles apenas têm a ganhar com isso.

Fonte: https://osegredo.com.br

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