domingo, 12 de outubro de 2025

PEGADINHAS DO GPS (I)

Nosso plano de viagem consistia em permanecer alguns dias em Paris e depois, pela primeira vez, faríamos um passeio de carro. Iríamos em direção à Alsácia e de lá para a Toscana na Itália, visitando antes os nossos amigos Bruna e Michele na Ligúria. 

Providenciei um GPS com mapas atualizados da França e da Itália. No último dia em Paris fomos a Montmartre e levei comigo a então nova maravilha dos viajantes. 

Se de um lado o GPS criava facilidades para seus usuários, por outro lado era preciso familiarizar-se com o mesmo. Minha intenção era chegar até o edifício do Grande Oriente de França a partir da Igreja de Sacre Coeur, pontos não muito distantes um do outro. Feita a programação passei a seguir as instruções e cheguei ao meu destino sem maiores problemas. 

No dia seguinte, confiante no meu novo guia, tomamos um taxi e fomos até a locadora, de onde iniciaríamos a segunda parte do nosso passeio. Segundo havíamos conversado com o nosso amigo Ruggero, a localização da locadora favorecia o nosso roteiro visto que já ficava para os lados que pretendíamos percorrer. 

Após as formalidades burocráticas, familiarizado com o Peugeot 207, saímos à rua, e assim que o sinal do satélite disse "presente", programei nosso próximo destino como sendo a cidade de Provins. Seguindo as instruções sonoras, notei que algo não estava tão de acordo como era esperado já que o movimento de veículos era cada vez maior e não nos afastávamos da cidade, antes, era visível que nela penetrávamos cada vez mais. Até que a paisagem passou a se tornar familiar. Algumas ruas, prédios e até a posição solar indicava que estávamos em Montmartre quando finalmente aquela voz feminina do GPS me parabenizou por ter chegado ao destino solicitado. Estávamos defronte ao prédio do Grande Oriente de França, justamente onde estivéramos no dia anterior. 

Estacionei em lugar permitido e me pus a reprogramar a dita maravilha eletrônica. Como eu não tinha zerado os itinerários, o ponto final ficou sendo aquele registrado no dia anterior e a máquina, com inteira obediência, atendeu à determinação que lhe foi dada. 

Afora o pequeno incidente e assimilado mais um item do conhecimento da modernidade, o GPS nos conduziu na direção pretendida, não sem antes transitar pelo centro de Paris, costeando o Sena e tudo o mais. Por sorte não tivemos que enfrentar aquela maluquice que é sair do contorno do Arco do Triunfo. 

Afora este pequeno incidente, em linhas gerais o GPS se mostrou uma ferramenta fantástica a serviço dos viajantes, principalmente por que já não se faz necessária a pesquisa incessante a mapas rodoviários. Não que os mesmos sejam dispensáveis. Ao contrário, é muito útil tê-los sempre à mão posto que vez por outra as estradas apresentam mudanças ainda não inseridas no satélite. Não que exista o perigo de se perder. O perigo é o GPS organizar uma nova rota, impondo, por vez uma sobrecarga na quilometragem. 
A verdade é sempre estranha; mais estranha do que a ficção. (Lord Byron, poeta inglês, 1788-1824)

LUGARES

BRUGES - BÉLGICA

Bruges, a capital da província de Flandres Ocidental, no noroeste da Bélgica, distingue-se pelos canais, pelas ruas de paralelepípedos e pelas construções medievais. O porto da cidade, Zeebrugge, é um importante centro para a pesca e o comércio europeu. Na Praça Burg, localizada no centro da cidade, o Stadhuis (prefeitura), do século XIV, conta com um elaborado teto esculpido. Perto dali, a Praça Markt tem um campanário do século XIII com um carrilhão com 47 sinos e uma torre de 83 metros que oferece vistas panorâmicas. ― Google

FRASES ILUSTRADAS

sábado, 11 de outubro de 2025

ROMANCE FORENSE

Regras de mercado

O jovem advogado, recém aprovado no Exame de Ordem, está batalhando um emprego em escritórios de Advocacia.

Com o "Q.I." (quociente de indicação...) que possui, habilita-se numa das grandes bancas advocatícias da praça, onde o titular é informado pelos integrantes do segundo escalão:

- Estamos por admitir o fulano, um advogado de futuro. É filho do desembargador sicrano...

- Eu quero conhecer o candidato e entrevistá-lo - decide o chefe.

Na hora marcada ocorre a entrevista final com o possível patrão.

- Meu jovem, ante as regras de mercado, nossa política salarial é assim: você começa agora em 1º de outubro ganhando 1.300 reais por mês e - dependendo de seu desempenho - dentro de um ano estará com 2.600, podendo chegar a cinco mil reais em dois anos - sintetiza o austero comandante.

- Ótimo! Então voltarei aqui rigorosamente na primeira semana de outubro de 2016 - sentencia o jovem que, educadamente, pede licença para se retirar.

* * * * *
O escritório grande segue procurando um bom estagiário que aceite receber 1.300 reais por mês. E a assessoria do desembargador-pai faz novos contatos em busca de emprego imediato para o jovem ambicioso e cheio de "Q.I.".

Fonte: www.espacovital.com.br
Há cordas no coração que melhor seria não fazê-las vibrar. (Charles Dickens, escritor inglês, 18121-1870)

LUGARES

ANTIBES - FRANÇA

A imagem mostra uma rua em Antibes, uma cidade costeira localizada na Riviera Francesa, no departamento de Alpes Marítimos, sudeste da França.

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

LOS PANCHOS

VAGABUNDO
O Brasil é feito por nós. Está na hora de desatar esses nós. (Barão de Itararé)

LUGARES

MUNIQUE - ALEMANHA

O Allianz Arena é um estádio de futebol em Munique, Alemanha, inaugurado no final de abril de 2005  localizado na parte norte da capital bávara, no distrito de Fröttmaning. É o estádio oficial do Bayern de Munique, (substituindo o Olympiastadion) e sediou o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2006. O Bayern Munique é dono de 100% do Allianz Arena desde abril de 2006.


FRASES ILUSTRADAS

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A ATUAL IDOLATRIA DA ESTUPIDEZ: A MORTE DA SABEDORIA

Autor: Nilo Sergio Campos

Vivemos numa era paradoxal. Nunca antes a humanidade teve acesso a tanto conhecimento acumulado, tantas bibliotecas digitais, cursos, pesquisas, dados e interpretações à distância de um clique — e, no entanto, a estupidez nunca foi tão celebrada, protegida e transformada em espetáculo. É como se estivéssemos assistindo a um funeral silencioso da sabedoria, enquanto os aplausos mais entusiasmados se voltam para os bufões da contemporaneidade, não apenas tolerados, mas idolatrados.

A idolatria da estupidez não é apenas a preferência pelo raso, mas a exaltação consciente da ignorância como virtude. Em nome da autenticidade, do “direito de opinar” e da pretensa liberdade de ser “quem se é”, vemos multiplicarem-se tribos que não apenas rejeitam o conhecimento, mas que zombam dele. Na praça pública digital, não vence quem argumenta melhor, mas quem grita mais alto, ofende com mais graça ou reduz o complexo a memes vazios de sentido.

O fenômeno, porém, não é espontâneo. Ele é cuidadosamente cultivado. A cultura midiática e as redes sociais encontraram na idiotização um filão econômico de ouro: conteúdo rápido, superficial, emotivo e muitas vezes indignante rende engajamento. Quanto menos reflexão, mais cliques. Quanto mais simplismo, mais viral. A sabedoria — lenta, profunda, exigente — não compete nesse ambiente, porque não se presta a estímulos instantâneos.

Outro pilar dessa idolatria está na crise da autoridade intelectual. Antes, o saber era referenciado: filósofos, cientistas, mestres e estudiosos eram consultados antes de decisões complexas. Hoje, qualquer opinião dita com convicção, mesmo sem base factual, encontra seu séquito fiel. Não importa se é sobre saúde pública, física quântica ou história — o critério é a simpatia ou afinidade ideológica, não a veracidade. Essa inversão desmoraliza o trabalho sério e coloca o saber especializado como “apenas mais uma opinião”, nivelando tudo pelo chão da ignorância.

A morte da sabedoria não significa apenas a ausência de conhecimento, mas a perda da capacidade de discernir. Saber não é acumular dados, mas filtrá-los, interpretá-los e integrá-los à vida. Quando essa habilidade morre, a sociedade se torna refém de narrativas fabricadas e de “líderes” que prosperam justamente pela manipulação das massas desprovidas de senso crítico. É por isso que a idolatria da estupidez é perigosa: ela é terreno fértil para tiranias e populismos, pois se alimenta de um povo que não sabe mais distinguir entre verdade e mentira, entre o essencial e o irrelevante.

Há ainda um aspecto cultural profundo: a demonização do pensamento difícil. Em muitos espaços, quem usa vocabulário rico, cita autores clássicos ou apresenta raciocínios complexos é tachado de “arrogante” ou “elitista”. Essa rejeição não é inocente: é a vingança da mediocridade contra a excelência, o triunfo da preguiça intelectual sobre o esforço disciplinado. O resultado é uma homogeneização para baixo, onde todos são obrigados a falar e pensar como se estivessem permanentemente numa conversa de bar.

É preciso compreender que a sabedoria não morre de causas naturais — ela é assassinada. Morre porque escolas se transformam em fábricas de diplomas, não em laboratórios de pensamento. Morre porque famílias terceirizam a educação moral e intelectual aos algoritmos. Morre porque o entretenimento substituiu o estudo, e a autoindulgência substituiu a curiosidade. E, sobretudo, morre porque poucos estão dispostos a pagar o preço do conhecimento: o desconforto de confrontar as próprias certezas e a humildade de reconhecer a própria ignorância.

Recuperar a sabedoria não será obra de decretos, nem de campanhas governamentais, pois o Estado moderno muitas vezes lucra com a perpetuação da ignorância. Será, sim, um ato de resistência individual e comunitária: ler mais e melhor, ouvir mais do que falar, buscar mestres de verdade, cultivar silêncio para refletir, e resistir à tentação da informação instantânea como substituta do pensamento profundo.

Se a idolatria da estupidez é a religião deste tempo, lutar pela sabedoria é o último ato de rebeldia que ainda pode nos salvar. E, ao contrário do que se pensa, a sabedoria não é incompatível com a simplicidade — mas exige uma simplicidade conquistada pela maturidade, e não aquela imposta pela preguiça mental. Talvez estejamos mesmo no velório da sabedoria, mas ainda há aqueles que se recusam a jogar terra sobre seu caixão.
Não me encontro onde eu procuro, mas, de repente, quando menos espero. (Michel de Montaigne, escritor francês, 1533-1592)

LUGARES

GRAMADO - RS

Gramado é uma cidade com uma estância de montanha situada no estado mais a sul do Brasil, Rio Grande do Sul. Influenciada pelos colonos alemães do século XIX, a cidade possui um toque bávaro com chalés alpinos, chocolateiros e lojas de artesanato. Gramado é também conhecida pelas suas exibições de luzes de Natal e pelas hortênsias em flor na primavera. O Lago Negro disponibiliza alugueres de barcos e caminhadas na floresta, enquanto as montanhas da Serra Gaúcha possuem trilhos de caminhada e de alpinismo. ― Google

FRASES ILUSTRADAS

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

CAMINHANDO EM PINHALZINHO

Sempre tive um ótimo relacionamento com os membros do Ministério Público, de sorte que nominando-os estarei correndo o risco de omitir algum nome. Todavia, em homenagem a todos eles, vou falar do João Alberto por diversas razões, a começar pelo fato de ter sido o primeiro Promotor de Justiça com quem trabalhei no início de minha carreira de magistrado na Comarca de Pinhalzinho. Éramos vizinhos e nossas casas não eram separadas por cercas divisórias. E por fim, o mais importante de tudo, é que o João Alberto sempre acolheu em sua residência em Chapecó, todos os juízes e promotores que atuavam no oeste, principalmente os mais jovens. Posso afirmar sem qualquer receio do exagero, que ele era a nossa tábua de salvação em qualquer necessidade. E sempre fomos atendidos com a mesma fidalguia. Para mim foi uma dádiva ter cruzado o meu caminho com a figura singular do João Alberto. Ele ingressara na carreira do Ministério Público poucos meses antes que eu, pelo que, nossas dificuldades eram em tudo semelhantes. O João Alberto, solteiro convicto, tinha hábitos rígidos. Ele próprio fazia as compras no supermercado enquanto que a Maria, sua governanta, fazia pratos deliciosos. Por conta disto, ele zelava pela saúde, de forma invejável. Frequentava academia e sauna em Chapecó e semestralmente submetia-se a uma bateria de exames médicos. Era comedido à mesa. Comida na porção exata e bebida - vinho de preferência - apenas nas refeições e ainda assim sem qualquer exagero. Diariamente empreendia suas caminhadas como forma de manter sua saúde em ordem. Logo nos primeiros dias de contato, percebi que ao final do expediente ele saia a caminhar pela cidade, onde as opções não eram boas, posto que a pavimentação das ruas nas cidades do oeste, quando ainda não conheciam asfalto, era feita de pedras irregulares, tornando as caminhadas um exercício nada agradável. Mesmo assim ele caminhava. Certo dia aceitei o convite para acompanhá-lo numa dessas caminhadas. Devidamente paramentados - bermuda, tênis e óculos escuros, já que era verão. Rodamos por aproximadamente uma hora, evitando o centro da cidade e optando por caminhar por um bairro novo, onde, inclusive, localizava-se a Igreja Matriz. Depois, retornamos às nossas residências para um banho reconfortante. Nas primeiras horas da manhã seguinte, recebi em meu gabinete a Oficial do Registro de Imóveis, a qual, toda preocupada, fez um relato que depois seria motivo de muitas gargalhadas. Segundo ela, uma vizinha havia notado a presença de dois homens suspeitos rondando a sua casa. Descreveu os prováveis meliantes com detalhes precisos - altura, idade aproximada, um calvo e de barba, outro moreno e magro, e assim por diante. Ouvi atentamente o relato da Dra. Janete e como não conhecia ainda todos os serventuários pensei em pedir a opinião do Dr. João Alberto. Eu estava na Comarca há apenas uma semana enquanto ele já faziam três meses. Nossos gabinetes eram contíguos, inclusive com uma porta de comunicação interna. A meu pedido, o Dr. João Alberto, cachimbo na mão, que era um dos seus hobbies, ouviu atentamente a repetição do relato da Dra. Janete, e indagou da mesma onde ficava a sua residência.

- Próximo à igreja, respondeu.

- Dra. Janete - disse o Dr. João Alberto - imagine o juiz e o promotor aqui presentes, sem paletó e gravata, antes, trajando bermudas, camisetas, calçando tênis e usando óculos de sol, a caminhar pelas proximidades da sua casa... Levantariam alguma suspeita?

O rubor das faces da Dra. Janete foi imediato.

Seguiu-se uma sonora gargalhada do Dr. João Alberto e deu-se o caso por encerrado.
O entusiasmo é o pão de cada dia da juventude. O ceticismo, o vinho diário da velhice. (Pearl S. Bock escritora americana, 1892-1973)

LUGARES

SEVILHA - ESPANHA

A imagem mostra a Giralda, a icônica torre sineira da Catedral de Sevilha, na Espanha. Originalmente, a Giralda era o minarete da Grande Mesquita de Sevilha, construída no século XII. Após a Reconquista Cristã, a mesquita foi substituída pela Catedral, mas o minarete foi preservado e transformado em campanário, sendo arrematado no século XVI com elementos renascentistas e o "Giraldillo" (um cata-vento). Com 94,7 metros de altura, a Giralda faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com a Catedral, o Alcázar e o Arquivo das Índias de Sevilha. É possível subir a torre por rampas (não escadas) e desfrutar de uma vista panorâmica de 360º de Sevilha.

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terça-feira, 7 de outubro de 2025

REDONDEZAS

Martha MedeirosMartha Medeiros

Não é incomum homens e mulheres terminarem a vida ao lado daqueles com quem inauguraram seu currículo afetivo

Geralmente se dá assim: eu chego à cidade sem conhecer nada nem ninguém. Abro a mala no quarto do hotel, tiro de dentro as roupas que amassam, penduro, vou ao banheiro, escovo os dentes e saio pra rua, já que, um momento antes, estava imobilizada dentro de um avião e não vejo a hora de esticar as pernas. Então perambulo, vou sentindo o clima do lugar, me inteirando sobre a vizinhança, até que paro em algum bistrô simpático e faço a primeira refeição. Peço um cálice de vinho e brindo o descanso e a aventura que vêm pela frente.

Até aqui, acredito que, ao viajar, se dê o mesmo com você.

Então passam cinco dias, 10, 15, quantos forem os dias que você programou ficar fora de casa. Está chegando a hora de voltar. Você já tem a cidade estrangeira na palma da mão, fez inúmeros programas, conheceu diversos restaurantes, praias, parques, museus e agora está de malas praticamente feitas, faltam poucas horas para ir para o aeroporto ou a rodoviária, o tempo necessário para uma última refeição. Onde? Talvez aí percamos nossas afinidades. Sem que eu planeje, acabo sempre no local onde comi na cidade pela primeira vez. Sou conduzida, por sei lá que instinto, à minha primeira parada durante aquela perambulação inicial, quando eu ainda não conhecia nada.

Aconteceu recentemente e só então me dei conta de que costumo repetir o mesmo restaurante na chegada e na partida. Às vezes, faço até o mesmo pedido. É prático, pois em geral é um lugar perto do hotel, mas, se há várias outras opções nos arredores, por que justamente aquele? De novo aquele?

Fechamento de ciclo, imagino. Arremate. Uma maneira de confirmar que foi um período para ter início, meio e fim, sem fios soltos, sem reticências. Não há mais tempo para últimos prazeres, apenas para homenagear os anteriores. E para ir se acostumando com a sensação de pertencimento e continuidade: peço um cálice de vinho e brindo a rotina que vem pela frente.

Como se vê, dá pra infiltrar psicologia em tudo.

Essa reflexão me levou às histórias que escuto sobre pessoas divorciadas ou viúvas que estão com 60, 70 anos, e que, longe de aposentarem o coração, reencontram seu primeiro amor e shazam: retomam a relação da adolescência, se é que não é otimismo demais usar a expressão “retomar” depois de décadas ausentes um do outro. Mas o fato é que não é incomum homens e mulheres terminarem a vida ao lado daqueles com quem inauguraram seu currículo afetivo.

Acomodação? Que seja, mas é romântico. Não significa que aquele tenha sido eleito o melhor dos amores (como aquele primeiro restaurante também não foi necessariamente o melhor), mas é uma forma de encerrar os trabalhos com a sensação confortante de ter fechado o ciclo, saindo de cena sem pendências. Deu-se a volta completa.

Fonte: Zero Hora
O fato de ser o homem uma invenção recente mostra com toda a facilidade a arqueologia do nosso pensamento. (Michel Foucault, filósofo francês, 1926-1984)

LUGARES

BOLONHA - ITÁLIA

A imagem mostra o Santuário da Madonna di San Luca, um importante local de peregrinação e monumento histórico localizado no Colle della Guardia, em Bolonha, Itália.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

SUA SENHORIA, O DRONE

 Ruy Castro

Bem programado, ele poderia substituir o juiz de futebol, aposentar o VAR e apitar sem gastar oxigênio

Há dias [25/7], escrevi sobre o drone que entrou de madrugada pela janela de um apartamento de 6º andar aqui no Rio, com fins não sabidos. Ao ser flagrado pelo casal residente, que, alertado pelo zumbido, foi até a sala e acendeu a luz, o drone se assustou e fugiu pela mesma janela. Falei do risco de termos drones à solta por aí, usando seus poderes com más intenções. Em contrapartida, um leitor, Gerson Marciel de Oliveira, sugeriu que, bem programados, eles poderiam exercer funções regulares —uma delas, a de substituir nossos atrapalhados juízes de futebol.

Concordo e vou adiante. Com sua possibilidade de sobrevoar o gramado a qualquer altura ou velocidade, um drone seria capaz de apitar um jogo muito melhor do que qualquer humano. Primeiro, porque os juízes precisam estar em forma para aguentar os 12 km que percorrem em média pelos 90 minutos, fora os acréscimos. São cerca de 133 m por minuto a serem corridos continuamente, e, pior ainda, apitando. Se as distâncias já não são pequenas, o ato de apitar —nunca menos de 100 vezes por partida—representa um considerável despejo de oxigênio. O drone pode apitar quantas vezes for necessário e sem o menor esforço.

O drone aposentaria automaticamente o VAR e os bandeirinhas, porque, voando paralelo à bola, acusaria o mais milimétrico dos impedimentos, as bolas dentro ou fora da linha e as faltas no limite da área a configurar ou não pênalti. Programado para avaliar a intensidade dos jogadores, nenhuma entrada mais violenta ou desleal lhe escaparia e, a depender do caso, ele acenderia uma luz vermelha ou amarela correspondente ao cartão idem.

Além disso, com sua capacidade para escutar qualquer palavra pronunciada em qualquer lugar do campo, saberia qual jogador que, ao discordar de uma decisão sua, mandou-o tomar naquele lugar. O drone preferiria tomar providências, mandando o desbocado para o chuveiro.

Um único risco: o drone, planando em altura errada num escanteio, ser cabeceado por engano em vez da bola.

Fonte: Folha de S. Paulo - 30/07/2025
Claro que o café é um veneno lento. Faz quarenta anos que eu o bebo. (Voltaire, filósofo francês, 1694-1778)

LUGARES

ROUEN - FRANÇA

A imagem mostra uma rua em Rouen, na Normandia, França, com destaque para um edifício de arquitetura tradicional com estrutura de madeira aparente (enxaimel) e detalhes em vermelho e branco. Rouen é a capital da região francesa da Normandia e do departamento do Sena Marítimo. A cidade é conhecida por sua rica história medieval e arquitetura gótica, incluindo a famosa Catedral de Notre-Dame de Rouen. O edifício em destaque é um exemplo da arquitetura típica da cidade, com suas casas antigas e vielas estreitas. Rouen já foi uma das cidades mais prósperas do norte da Europa na Idade Média.

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domingo, 5 de outubro de 2025

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA

Embora os avanços tecnológicos, em algumas pequenas cidades ainda existe a publicidade ambulante. 

Automóveis, motos e até mesmo bicicletas, dotadas de aparelhagem de som, rodam por todos os cantos das pequenas cidades, diga-se a bem da verdade, atormentando os moradores, com uma verdadeira poluição sonora.

A prática faz parte da cultura de cada local.

Nas nossas andanças pela Itália notamos que nas pequenas cidades, os "avisos paroquiais" são veiculados através de murais. 

Lugares estratégicos na medida em que por ali passam muitas pessoas, servem para receber a afixação de notas de falecimento, principalmente. 

Penso que seja a cultura do edital, aliada à falta de serviços de rádio e jornal nas pequenas comunidades.

Paulatinamente as redes sociais estão tomando o espaço dos murais.

De sua parte a veiculação de notícias sob tal formato antigo resiste bravamente. Até quando?
A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele. (Barão de Itararé)

LUGARES

SZENTENDRE - HUNGRIA

A imagem mostra a Igreja da Transfiguração (Transfiguration Church) em Szentendre, Hungria. É possível ver a torre da igreja com sua cúpula distinta e uma cruz no topo, em meio à folhagem de árvores. No primeiro plano, à direita, há um poste de luz decorativo com três luminárias.

FRASES ILUSTRADAS

sábado, 4 de outubro de 2025

ROMANCE FORENSE

Transação penal


Por Ronaldo Sindermann, advogado (OAB/RS nº 62.408).

Em uma audiência no Juizado Especial Criminal, o réu aceita a transação penal proposta pelo promotor de justiça e pergunta ao juiz:

- Então quer dizer que eu não devo mais chamar a vizinha de porca?

- Exatamente! - responde o magistrado.

- Mas se eu quiser chamar uma porca de vizinha, não tem problema, né? - retruca o homem.

- Óbvio que não - arremata o magistrado, já denotando impaciência.

Então o homem se vira para a vítima e diz:

- Boa tarde, vizinha!

E vai embora.

Fonte: www.espacovital.com.br
Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos. (Martin Luther King, líder negro americano, 1929-1968)

LUGARES

HONFLEUR - FRANÇA

Honfleur é uma comuna francesa na região administrativa da Normandia, no departamento Calvados. Estende-se por uma área de 13,67 km². Em 2010 a comuna tinha 7 352 habitantes. Wikipédia

FRASES ILUSTRADAS

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

CANNONBALL BAND

SAX SOLO TRANSCRIPTION

A Medicina faz enfermos; a Matemática, tristes; e a Teologia, pecadores. (Martinho Lutero, Teólogo protestante alemão, 1483-1546)

LUGARES

ROUEN - FRANÇA

A imagem mostra a Catedral de Notre-Dame de Rouen, localizada em Rouen, na Normandia, noroeste da França. É uma catedral católica em estilo gótico, sede da Arquidiocese de Ruão. A construção da catedral começou no século XII e continuou por séculos. A Catedral de Rouen foi imortalizada em mais de 30 pinturas pelo artista impressionista Claude Monet. É um dos principais pontos turísticos de Rouen.

FRASES ILUSTRADAS

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

ESCUTATÓRIA

Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (O amor que acende a lua, pág. 65.)

Fonte: http://rubemalves.locaweb.com.br/hall/wwpct3/newfiles/escutatoria.php
As ilusões sustentam a alma como as asas a um pássaro. (Victor Hugo, escritor francês, 1802-1885)

LUGARES

VIÑA DEL MAR - CHILE

Viña del Mar é uma cidade turística costeira a noroeste de Santiago, no Chile. É conhecida pelos seus jardins, praias e edifícios elevados. O Parque Quinta Vergara alberga o Anfiteatro da Quinta Vergara, o Palácio Vergara de inícios do século XX e o Museu Artequin, que exibe exemplares de grandes obras de arte. O Museu de Arqueologia e História Francisco Fonck possui esculturas moai em pedra da Ilha da Páscoa e cabeças reduzidas. ― Google

FRASES ILUSTRADAS

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

PÍLULA SOB A LÍNGUA

Numa tarde de inverno todos os colegas de escritório já tinham encerrado o expediente de sorte que eu me encontrava só. Ao toque da campainha abri a porta e era um senhor que pediu para conversar com o colega Eloir. Eu não sabia se o Eloir voltaria naquela tarde, circunstância que comuniquei àquela pessoa. Convidei-o a sentar e aguardar. Como o Eloir não chegasse e as minhas tarefas estavam concluídas, disse para aquela pessoa que eu teria que fechar o escritório, não sem antes saber se era cliente do meu colega, caso em que eu faria as anotações necessárias para deixar um lembrete sobre sua mesa. Mas não era cliente. Me disse que havia recebido uma "intimação" do advogado para comparecer ao escritório, mas não sabia do que se tratava. Pedi-lhe a cartinha e logo entendi o pedido do meu colega, que era advogado da Caixa Econômica Estadual para assuntos relacionados à inadimplência. Indaguei se ele era devedor da Caixa e a resposta foi negativa. Perguntei se era avalista de alguém e a resposta foi positiva. Então eu lhe expliquei que possivelmente o chamado da sua pessoa ao escritório tinha relação com algum débito do seu avalisado. O homem começou ficar nervoso. Vestia um grosso casaco de lã e logo o abriu pois estava suando. Procurou nos bolsos um pequeno frasco contendo pequenos comprimidos e logo compreendi a finalidade dos mesmos. Tremia tanto que não conseguia retirar nem mesmo a tampa do pequeno frasco. Então ele me pediu ajuda. Dei-lhe um comprimido e então ele me disse que era cardíaco. Àquelas alturas, de tão nervoso, nem mesmo conseguia colocar o comprimido sob a língua. Tive que fazê-lo. Quase que imediatamente ele começou a acalmar. Só então pude lhe dar uma explicação mais tranquilizadora. Também perguntei se necessitava alguma coisa a mais, ou mesmo ser encaminhado para o Pronto Socorro mas ele me disse que tudo já estava bem. Ele se assustou com a hipótese de vir a pagar dívida alheia. Eu me assustei ao ver alguém em tão crítica situação. 
Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único. (Barão de Itararé)

LUGARES

COIMBRA - PORTUGAL

Coimbra, uma cidade à beira-rio no centro de Portugal e antiga capital do país, alberga uma cidade velha medieval preservada e a histórica Universidade de Coimbra. Construída no local de um antigo palácio, a Universidade é célebre pela sua biblioteca barroca, a Biblioteca Joanina, e pela sua torre do sino do século XVIII. Na cidade velha encontra-se a catedral românica do século XII, a Sé Velha. ― Google

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