Carlo Möckli
(inspirado nas ideias de Yuval Noah Harari)
Yuval Harari explica que a verdade raramente vence no campo da popularidade. A verdade é complexa, exige tempo, estudo e coragem para ser dita. Já a ficção ou a meia-verdade é simples, rápida e agradável. Ela cabe em uma frase curta, emociona e confirma o que as pessoas já acreditam.
Vivemos em uma era em que emoção vale mais do que precisão. Os algoritmos das redes sociais recompensam o conteúdo que desperta reação, não o que ensina.
Assim, quem grita, critica mais alto, provoca raiva ou promete milagres atrai atenção, mesmo que não diga nada verdadeiro. É por isso que pessoas com milhões de seguidores conseguem espalhar mitos e "truques secretos" que soam mágicos, enquanto o conhecimento científico, silencioso e rigoroso, passa despercebido.
Na confeitaria, isso se repete. A explicação científica sobre o glúten, o açúcar invertido ou a cristalização da manteiga de cacau é complexa. Requer paciência e método. Já o "segredinho" de internet parece mais fácil e gera curtidas imediatas. Mas a verdade técnica é o que constrói profissão, não o que viraliza.
Harari lembra que a verdade raramente é popular, mas é o que sustenta o progresso humano. Ensinar ciência, mesmo sem aplausos, é um ato de resistência. Por isso, cada confeiteiro que estuda, testa e compartilha conhecimento verdadeiro contribui para um futuro mais sólido e consciente.
A ficção conquista corações. A verdade constrói fundamentos.
Fonte: reStdonopsgàeg c37euh1vciaoo6u9f 9 1:sr 1m5nt64um1d5t668t90b
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