Gradativamente a clientela do escritório aumentou. Aos poucos o número de advogados também aumentou. Muitos ficaram. Outros seguiram seus próprios caminhos. Todos deixaram marcas e lembranças. Nada negativo.
Dois dos que alçaram vôo eram muito competentes. Atuavam mediante características diversas, mas os clientes gostavam deles. Um era voluntarioso, do tipo "pau prá toda obra". O outro, se encontrasse o inventor do trabalho, por certo iria tirar satisfação. Mas, sob pressão, dava conta do recado.
Eram exímios gozadores. Aprontavam pegadinhas, não apenas entre si, como também eram suas vítimas outros colegas de trabalho. Esconder chaves do automóvel era trote comum. Colocar pedras, grampeador e outros objetos na pasta do "vítimo", também era frequente.
Aquele que se escondia do trabalho tinha pavor de pererecas, primas distantes dos sapos.
Pois o voluntarioso comprou umas pererecas de borracha, bem flexíveis e grudentas, e ao passar pela sala do seu alvo predileto, jogava uma delas sobre a mesma de trabalho, o que provocava gritos e saltos. A vingança viria dias depois.
Ambos foram ao Fórum checar o andamento de alguns processos. Junto ao balcão do cartório, a funcionária indagou de ambos:
- Vocês estão juntos? A resposta veio direta e imediata:
- Sim, mas não está dando certo, disse o que se escondia.
E apontando para o colega, completou:
- Ele é muito ciumento.
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