domingo, 17 de agosto de 2025

PERIGOS DE PARIS

Imagem ilustrativa: Google
Fala-se muito sobre a crescente falta de segurança em Paris. Nunca vi nada de diferente nas ocasiões anteriores em que lá estive. Antes de viajar garimpei informações e a maioria dos relatos eram no sentido da existência de pequenos golpes, mas nada de violência física. De fato, não presenciei nada que pudesse ser rotulado de violência. Como em toda cidade turística, principalmente as de grande porte, há os chamados batedores de carteira, categoria que engloba todo tipo de golpista. Por isso mesmo a primeira regra a ser seguida pelo turista é: todo cuidado é pouco, ou como costumo dizer, não se deve dar chance paro azar. No meu caso tomei algumas precauções, tais como deixar o passaporte no hotel levando comigo apenas uma fotocópia. Outra coisa é andar com pouco dinheiro e de preferência vestir jeans, pois com o bolso apertado é mais difícil ser pungado. Não ostentar a condição de turista também ajuda, evitando usar roupas e calçados que denunciem tal condição. No mais, para nós brasileiros, que vivemos em constante estado de alerta, lá fora devemos continuar a vigília, não dando férias para os cuidados de toda hora. Particularmente em Paris, tal como das outras vezes, presenciei e fui alvo do manjado golpe da aliança, aquele que o sujeito faz de conta que achou o objeto e vem "devolvê-lo". Como nunca dei trela para esse tipo de abordagem, não sei exatamente como o golpe acontece. Numa das vezes a insistência foi grande que falei mais alto: - Police! o que foi suficiente para o sujeito afastar-se. Outro golpe que também desconheço o seu desfecho é o das garotas que se aproximam com uma folha de papel, com se estivessem pedindo para ler ou mesmo escrever. Elas apenas gesticulam como se fossem mudas. Nunca permiti que a curiosidade fosse mais adiante para saber do que se tratava. Neste ano a novidade ficou por conta de diversos tipos ilusionistas em Montmartre, daqueles que fazem apostas com os transeuntes para adivinhar onde vai parar a peça marcada. Geralmente três peças em forma de copos, sendo que a parte inferior de um deles tem uma cor diferente. A aposta consiste em adivinhar qual das três é a diferente, depois dos rápidos movimentos que o sujeito realiza, trocando-as de posição. No caso, aposta quem quer, e convenhamos, o crédito fica por conta daquele que desenvolveu tais habilidades. O inusitado, ao menos para mim, foi a existência de uns cinco desses artistas num espaço de menos de trinta metros. No mais, o número de golpistas aumenta na exata proporção da importância do ponto turístico. Notre Dame, Torre Eiffel, Montmartre, por exemplo, são lugares onde os cuidados devem ser redobrados. 

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