domingo, 10 de agosto de 2025

ENTRE PANES E MANCADAS

No trajeto até Arona, na Itália, passamos por inúmeros túneis, uns longos, outros nem tanto. Mas independente da extensão é obrigatório acender os faróis durante a travessia. Só que ao chegar no estacionamento esqueci de desligá-los e o resultado não poderia ser outro - a bateria descarregou. Nada demais. Porém... Pedi ajuda para uma pessoa que trabalhava numa obra ao lado do estacionamento e prontamente fui atendido. Só que o rapaz, embora a sua boa vontade, não conseguiu encontrar o pólo positivo da bateria. Paciência. Em seguida um outro rapaz estacionou ao lado do nosso carro. Pedi-lhe que me informasse o nome de uma auto-elétrica. Mas ele me disse que tinha os cabos e logo colocou o seu carro junto ao nosso e fez o que deveria ser feito. Só que..., também não encontrou o polo positivo. Liguei para a dona do B&B onde estávamos hospedados e ela providenciou um mecânico. Disse que chegaria em cinco (5) minutos, os quais se multiplicaram por cinco (5) ou mais. Enfim chegou o meu salvador. Pasmem! Um senhor com uns setenta e cinco (75) anos de idade. Solícito e bem humorado, procurou o tal pólo positivo e sem maiores dificuldades o encontrou. Aleluia! Virei o arranque e funcionou. Deixei o motor funcionando uns minutos e partimos em direção à Stresa, distante uns quinze (15) quilômetros. Que beleza! O trajeto todo costeando o Lago Maggiore e ao chegar no nosso destino encontramos um lugar adorável. Hotéis e residências de alto luxo. Segundo a dona do B&B em Stresa tudo é movida a dinheiro árabe. Noutra viagem estávamos na França, na cidade medieval de Josselin, onde também nos hospedamos num B&B. Na noite que antecedia a nossa partida acordei com um sobressalto: deixei o GPS ligado, circunstância capaz de descarregar a bateria. Meio acordado, meio dormindo, guardei a informação no subconsciente e tornei a dormir. O dia nasceu ensolarado, prenunciando boas novas para nós, já que a chuva vinha nos perseguindo. Nos despedimos do casal Astruc já com uma ponta de saudades. Registrei o estabelecimento deles com uma foto e nos preparamos para partir. Mas, para não quebrar a rotina, não consegui ligar o carro. Notei que efetivamente o GPS estava conectado, tal qual havia, sonhado ou não, durante a noite, o que poderia ser a causa da pane inesperada. Pedimos socorro aos nossos gentis hospedeiros e prontamente o Sr. Astruc veio munido das ferramentas necessárias e a partir do seu automóvel fez a gambiarra com o nosso. Àquelas alturas já tinha chegado por ali uma simpática senhora, cujo marido tinha uma oficina mecânica e prontificou-se a socorrer-nos. Virei o arranque e nada. Foi quando o Sr. Astruc pediu para virar o arranque pisando fundo no pedal da embreagem. Funcionou. Que vergonha! Já não lembrava do detalhe assimilado ainda em Paris. Será o cansaço ou a saudades de casa? Ou a influência de um sonho sacana?

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