domingo, 22 de março de 2020

UMA NOITE MAL DORMIDA

Gramado, na Serra Gaúcha, é reconhecidamente um lugar tranquilo. É um dos destinos preferidos por aqueles que buscam o lazer o ano inteiro, muito embora o inverno traga atrativos gastronômicos formidáveis. Por conhecer a cidade desde os tempos que a cidade não passava de um pequeno lugarejo, e pela proximidade com Caxias do Sul, onde nasci e vivi por muitos anos, nunca, ou quase nunca, pernoitei naquela cidade. Há poucos dias resolvi inverter meu itinerário, passando por São Francisco de Paula e Canela, para chegar em Gramado no final da tarde e dormir por lá. Escolhi um hotel bem localizado, pois estava nos planos permanecer na cidade até o meio da tarde do dia seguinte para só então rumar para Caxias do Sul. O GPS teimou em nos mandar para outro lugar. O atraso na localização do hotel acrescido de uma chuva fina e fria, fez com que deixássemos de lado a ideia de jantar no centro da cidade, o fazendo no restaurante do próprio hotel. Cansados, depois de percorrer mais de seiscentos (600) quilômetros, nada melhor do que uma cama para o justo repouso. Silêncio total, mesmo com a janela meio aberta para neutralizar o aquecimento. Não muito tempo depois, já em sono profundo, somos acordados por um estouro muito forte. No hotel falta luz. Em seguida, algumas vozes denunciam ter havido um problema com um transformador. O que era silêncio dá lugar à voz dos homens da companhia elétrica e ruídos tópicos de quem está trabalhando. Não muito tempo depois volta a luz. Volta o silêncio e o sono toma conta dos nossos corpos e mentes, embora o susto. Não muito tempo depois outro estouro, desta vez mais forte e com um clarão simultâneo. Voltam os homens da companhia elétrica e desta vez eles ficarão trabalhando até clarear o dia. O jeito foi fechar a janela do quarto e abrir a do banheiro, por onde entrava um vento frio. Melhor aquecer-se com as cobertas do que com o ar seco artificial. Depois de algum tempo, passado o susto, retorna o sono, por pouco tempo, é verdade, pois pretendemos passear pela bonita Gramado. Só então, com o dia claro, pudemos ver que o transformador ficava bem defronte ao nosso quarto. Ninguém está livre de tais imprevistos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário