domingo, 8 de junho de 2025

RODA TRAVADA

Na Europa, as cidades históricas defendem seu patrimônio de todas as formas possíveis. Uma das formas mais eficazes consiste em dificultar a vida dos motoristas, inibindo o máximo possível a concentração de máquinas dentro das cidades. 

Os locais próprios para estacionamento são poucos e onde os há, o custo é impensável. Em áreas urbanas só é permitida a circulação de veículos dos residentes. Isto soa como discriminação ou mesmo ofensa ao direito de ir e vir. 

Enfim, há um sem número de medidas aplicadas pelo mundo afora que em certos momentos o melhor mesmo é descartar o veículo. 

Isto tudo sem o rigor da fiscalização quando penalizam o infrator na sua parte mais sensível: o bolso. As multas são pesadíssimas e têm precisamente a finalidade educacional. 

Não bastasse a imposição de multas, em muitos lugares a mesma é acrescida de custos adicionais, o mais comum deles é o pagamento das despesas com a remoção do veículo mal estacionado e ainda uma pesada taxa pelo tempo de custódia até a liberação do veículo. 

Mas a necessidade de impor ordem ao caos gera outras consequências desagradáveis. 

Em Coimbra nos deparamos com um veículo estacionado sobre o passeio público. Flagrado em situação irregular, teve sua roda traseira impossibilitada de rodar. Imagino que a liberação do veículo só será possível pela autoridade responsável pelo travamento.

Uma pena acessória muito pior dos custos mencionados é ter o veículo "travado" com todas as implicações daí resultantes.

 Ou a roda travada seria um dispositivo anti-furto?

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