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Charge de Gerson Kauer |
Sentenças da vida
Em um coquetel promocional do
lançamento de um novo produto de argentário banco, um homem – notoriamente
conhecido entre seus amigos por sua falta de memória – toma mais um drinque
enquanto conversa, modo enrolado, com os circunstantes. De repente surge um
cidadão bem vestido, nariz empinado, puxando assunto:
— Olá! A festa está boa, não é
mesmo?
— Sim, muito boa mesmo — responde
o primeiro, sem muito interesse.
Mas o recém chegado à roda
prossegue a conversa:
— Muito prazer, eu sou o Doutor
Menezes, magistrado aposentado.
— Olá, Menezes, eu sou o Souza -
responde o homem comum.
— Eu me aproximei porque,
profissionalmente, a sua feição me parece meio familiar. Acho que já o vi
antes. Talvez tenhamos nos encontrado em alguma audiência, ou julgamento.
— Não, não sou advogado!
— Então, quem sabe, o senhor
compareceu como autor ou réu de algum processo. Será que dei uma sentença que
lhe foi favorável ou desfavorável?
— Nada disso, detesto fóruns,
audiências, juízes, promotores, advogados. Sou apenas o sério administrador
financeiro de uma empresa de telefonia.
O Doutor Menezes então pensa
alguns instantes e dispara:
— Espera aí, Souza... Você por
acaso era casado com a Helena Guilhermina Gonçalves de Souza?
O homem se espanta:
— Era sim! Mas nós nos separamos
em 2007! Por que você está me perguntando isso?
E o douto jubilado responde:
— Ah... Eu estava mesmo com a
sensação que já tinha dado alguma sentença contra você!... É que eu me casei
com ela. Desculpe.
E, de fininho, o Doutor Menezes
saiu da roda.
Fonte: www.espacovital.com.br
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